terça-feira, junho 05, 2007

Luar

Há um ano outros eram os personagens. Eu era feliz ainda de uma forma inconsciente. Abria a janela, extravazava rio pelos sentidos, eles também escâncaros, e deixava que aquele mar de prata me guiasse até ao infinito. Já não sei nada. A minha própria presença se assemelha a uma teimosia, a uma loucura. Há entre mim e o real um véu que é a minha incapacidade de pensar nas coisas. De as confrontar com modelos. Aceito que assim seja. Não é resignação. É mais pensamento. Ou pensamento outra vez. Há uma zona que parece loucura, mas não é. Sou eu a ser menino outra vez.

1 comentário:

CCF disse...

Tudo parece às vezes acabar onde tudo pode começar: ser menino outra vez.
~CC~