terça-feira, setembro 25, 2007
deus de repente
de repente parece que o ar tem mais força, que o prazer é mais intenso, que os rostos dos outros deixaram de ser o rosto dos outros e como pele, puzzle, se tornaram na nossa face, na nossa alegria, na nossa festa, e até mesmo se choramos, é água, como podia ser saliva, ou esperma, matérias da nossa humanidade em desvairio, de repente é como se um clarão se tivesse aberto no céu e o nosso deus agnóstico, descrente, ateu abrisse os braços em forma de pomba e então é como se deus, a pomba, o próprio céu, fossem um pouco menos estúpidos, maus, arrogantes e belicosos, e assim,
pudessem respirar a visão que repentinamente de ti surge.
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