sexta-feira, setembro 14, 2007
Está a internet a matar a nossa cultura?
"A crítica de Keen e de outros "apocalípticos" falha ao menosprezar o enorme adquirido que se deu nestes mesmos 150 anos, a verdadeira revolução social, que permitiu a muitos milhões de pessoas, que viviam dominadas apenas pelo seu trabalho brutal e pela cultura "folclórica" tradicional, aceder a consumos que nunca tiveram e passar a ter voz em áreas que sempre lhes estiveram vedadas, seja como audiências de televisão, seja em estudos de mercado, seja em sondagens, seja comprando e votando. O efeito dessa voz cria uma enorme perturbação, degrada tudo, simplifica, confunde, mas, ao alterar sem retorno os equilíbrios elitistas do passado, gerou novas condições de democraticidade, competitividade e criatividade que também se verificam na rede.
Não sei até que ponto se encontrará um qualquer equilíbrio que trave o lixo demagógico que hoje enche tudo impante da sua nova voz tecnológica e salve a "nossa cultura", mas não posso, em nome dessa mesma "cultura", deixar de valorizar o acesso de milhões à porta de um mundo em que habita o "espírito", mesmo que assustado com tanta confusão.
"
Pacheco Pereira, num artigo que já tinha sido publicado no jornal "Público", agora online no Abrupto. Um excelente pontapé de saída para uma reflexão sobre o que andamos aqui a fazer.
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1 comentário:
...siempre se vuelve al primer amor...
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