quinta-feira, dezembro 20, 2007
O protocolo da recepção artística
"A comunhão solidária das mentes, necessária à apreciação artística, tem de basear-se numa concessão mútua. O espectador tem de cultivar a atitude adequada para receber a mensagem, tal como o artista tem de saber comunicá-la. O mestre-do-chá Kobori Enshiu, ele próprio um daimyo, deixou-nos estas palavras memoráveis: "aproxima-te de uma grande pintura como te aproximarias de um grande príncipe."
"Para aquele que com ela se solidariza, uma obra-prima torna-se numa realidade viva, rumo à qual nos sentimos atraídos por laços de camaradagem. Os mestres são imortais, porque os seus amores e temores vivem em nós redobradamente. É mais a alma do que a mão, o homem mais do que a técnica, que nos cativam - quanto mais humano o chamamento, mais profunda a nossa resposta."
O Livro do Chá, de Kakuzo Okakura
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2 comentários:
Esses 20 minutinhos de leitura diária entre estações é que me fazem falta...
Então, sempre é verdade que te converteste ao Budismo? Não faz mal, sempre é melhor que o catolicismo ou o islamismo (onde os gajos de setenta, casam com jovens de onze...)
Abraços,
RM
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