domingo, janeiro 27, 2008

A luz dos caminhos

Não sei se é vício que me veio do teatro - da sala escura, do recorte de sombra e luminosidade aqui e ali criado - as luzes na escuridão acho-as uma poesia inteira. É noite em Avelar. O cheiro a lenha queimada intensifica o ar, o ar que respiro, que respiramos, que nos envolve com os seus longos e espessos braços de nada, vazio. Apetece-me sempre ficar ali a derreter-me em silêncio, em coisa nenhuma, abraçando a metafísica bastante que há neste despique entre a lua e os candeeiros de estrada.

1 comentário:

CCF disse...

Às vezes também sinto a luz dos caminhos, umas vezes a nascer cá dentro e outras a nascer lá fora.
Abraço
~CC~