sexta-feira, maio 23, 2008

O silêncio do Jacinto

Jacinto Lucas Pires sempre teve um lado que me tocou muito: por detrás daquele sorriso bom, de gaiato, uma delicadeza de existir que comove pela sua sabedoria. Hoje, ao abrir o Público, o 2, que me deixaram - lado a lado com o pão alentejano, aqui na entrada da porta da Casa do Feitor nesta herdade meio sonho meio o meu sul mais real - e ao ler a memória que Jacinto faz de seu pai Francisco (para além de claro, neste amor de um filho pelo seu pai ausente me projectar por inteiro) percebo aquilo que tanto me emociona no simples e breve cumprimento que por vezes troco com ele quando nos cruzamos: o seu silêncio.

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