Ao contrário do que defendem o director do público, o provedor de leitor do público (e o próprio Rui Bebiano através de cujo link cheguei a este desaguizado entre Maria Teresa Horta e o suplemento informativo que o jornal "O Público" lança à sexta-feira) a escritora femininista tem razão. E nem me refiro à circunstância de o Inimigo Público ser um dos poucos espaços da nossa imprensa - fora o JL - em que MTH é tão levada a sério que o seu nome é usado para base de uma notícia. Isso é fraco argumento já que diz mais sobre a má qualidade da nossa imprensa do que sobre o interesse jornalistíco de Maria Teresa Horta. Nem ao de, neste assunto que envolve soutiens e silicones, o provedor do Público escrever que "a sátira pressupõe distanciamento, tolerância, poder de encaixe e um sorriso... mesmo que amarelo. Não que a levem demasiado a peito, como aqui sucedeu." Humores não se discutem, seja lá em que página ou secção deste jornal.
O que me parece incontestável é que não é justificável que "O Público" se defenda com um estatuto editorial criado à cinco anos para o Inimigo Público e completamente ultrapassado nos dias de hoje. Toda a gente sabe que, independentemente de ter mais ou menos piada, "O Público" atinge o seu climax informativo através do seu suplemento de sexta-feira. Seria o mesmo que querer que, lá por já no século passado ter sido gerado através de um estatuto editorial que o consagrava ao jornalismo e à informação, se pretender que alguém pudesse levar a sério a actual edição diária do jornal. Com a realidade m' enganas, diz o coleccionador diário das melhores colecções de cds, livros e brindes da imprensa nacional, vulgo, leitor de "O Público". E não sou só eu que o digo. Já Ferreira Fernandes, também jornalista, e portanto colega de Maria Teresa Horta, chama a este jornal "o conceituado semanário O Inimigo Público - que à sexta-feira traz o Público à volta, como o Expresso traz o saco de plástico ".
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