sexta-feira, agosto 15, 2008

Tributo a Mário Henrique-Leiria

Era uma vez um Capuchinho Laranja que, cantando e rindo, ía levar doces e frutas à sua avózinha. Porém, a meio do caminho sentiu que o seu corpo se transformava e que dos seus pés e das suas mãos nasciam fortes garras. A sua boca também tinha ganho grossos, afiados e salientes dentes e o seu belo nariz transformara-se num focinho negro. As suas orelhas, empertigadas, cresciam para o céu e deu conta que deixara de trautear as belas cantigas da sua mocidade e passara a rosnar, sentindo-se possuir por um instinto fatal, assassino. Ao chegar a casa da sua avózinha ainda bateu à porta com a alegria e a delicadeza de um Capuchinho Laranja mas depois, quando esta a abraçou, comeu-a, mastigando-a deleitadamente.
Isto é o que acontece às avózinhas que ficam em casa, deitadas, à espera dos doces e mimos do Capuchinho Laranja.

1 comentário:

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

E não só !
Há muita laranjeira e carregada de laranjas fora do Pomar!
Que poderá fazer a avozinha se todos , sem mais nem menos se puserem à porta a bater!
Abraço amigo !
JRMarto