Sinopse: Mário Vieira de Carvalho e Isabel Pires de Lima acharam que Carlos Fragateiro tinha sido um bom director do Teatro da Trindade e - porque António Lagarto não terá respondido da melhor forma aos desafios políticos que eles entendiam serem os melhores para o Teatro Nacional - convidaram-no para a Direcção do Teatro Nacional D. Maria II. José António Pinto Ribeiro, o ministro que sucedeu a Isabel Pires de Lima, porque entendeu que os resultados financeiros do Teatro eram ruinosos despediu Carlos Fragateiro e, porque achava que Diogo Infante tinha sido um bom director do Teatro Maria Matos, convidou-o para Director Artístico do Teatro D. Maria II (embora, como ministro não pode convidar directores artísticos, tenha convidado um Conselho de Administração para convidar Diogo Infante). Creio que só por uma questão circunstancial Jorge Salavisa, director do Teatro São Luiz, que tem, inegavelmente, feito um excelente trabalho, não terá sido convidado para presidir aos destinos do D. Maria II. Dada a cadeira inclinada em que se sentam os responsáveis do Rossio, e a ausência de uma politica cultural que integre de forma coerente e transparente a missão do Teatro Dona Maria II - e que, assim, pudesse surripiar o perfil do seu responsável às artes de adivinhação ou da conjectura - todos os putativos candidatos a directores do Teatro Nacional começaram neste momento a fazer mira aos cargos de Director do Teatro da Trindade e de Director do Teatro Maria Matos, como apeteciveis lugares-trampolim para o lugar de comando da Praça D. Pedro IV.
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