Álvaro por Anabela

Não sei por onde andava Anabela Mota Ribeiro. Provavelmente fui eu que lhe perdi o rasto, o rasto que me interessava, as grandes entrevistas do DNA. Se isso acontece com as pessoas de quem temos tantas referências mais natural será que isso suceda com aqueles que descobrimos através de um gesto, um acto, uma façanha e para mim as suas entrevistas sempre foram uma façanha de um jornalismo desaparecente ( honra também a Sarah Adamopoulos, para mim a maior resistente, no género), aquele que se interessa pela história de cada um, pelo modo de cada um, pela circunstância de cada um. Não porque isso explique alguma coisa de fundamental. Por vezes até oculta e nessa ocultação, revela. Um facto: os cultores da entrevista, da grande entrevista, têm mais motivos para se regalarem com a Pública de hoje e com este Siza por Álvaro.