Há-de ser sempre assim. Virei sempre aqui, neste dia, sem tempo para falar senão no tempo que não tenho para falar do que és, do que foste, da forma como sou naquilo que me ensinaste a ser. E talvez este vir assim sem tempo, seja mais uma vez uma forma de fugir ao confronto com tudo isso. É preciso tempo para nos entregarmos. Começo a olhar para dentro, para o tempo que fomos, para o tempo que nos fugiu. O relógio é interior, esse tambor desengonçado e descompassado que trazemos dentro do peito.
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