quarta-feira, novembro 03, 2010

O dia dos meus mortos é também o dia da minha vida

Podia ser um poema. Não é. É uma coincidência. Há três anos que coincide. Há três anos que no dia em que esse carreirrinho de talvezes em que nos tornámos (era assim que o Armindo S. escrevia, em o Balancé de Eus) caminha para os cemitérios, para as campas, para os túmulos, para os jazigos, nós os dois procuramos o mar, seja lá onde for que ele se encontre. Procuramos o mar, o silêncio, até aquele frio do vento em Novembro. Faz bem à pele o vento cortante do primeiro de Novembro, dia em que os nossos mortos hão-de esperar, pacientemente, a sua vez. Há uma vida por viver.

1 comentário:

apicultor disse...

Que bonito! E que abraço eu te dava...