segunda-feira, dezembro 16, 2013

"A Casa, ou o Cultivo de Flores de Plástico" de Afonso Cruz pela Gato que Ladra

Ontem foi dia de conversa com o público no Teatro da Trindade. É uma iniciativa do Projecto Comunidade e eu tenho de lá estar para dar o pontapé de saída na conversa. No final da representação Rute Rocha (encenadora), José Mateus, Pedro Barbeitos, Maria D' Aires e Cristina Cavalinhos, conversaram com os espectadores que quiseram ficar. Como estava com o meu filho e lá em casa queríamos ver os dois a peça resolvemos levar os miúdos. Estava com algum receio, confesso, o espaço é muito intimista, muito próximo de um fazer teatral que eles (ainda) não conhecem tão bem e não sabia se a peça, o vocabulário, se adequava aos miúdos, e por isso fui ver o espectáculo na quinta-feira. Sai de lá com os olhos em água e decidi logo ali que não eram os dois ou três "foder" que tornavam imprópria a peça. Ao jantar de sexta, preparei-os. Falámos sobre a peça, sobre o seu tema, disse-lhes que iam ouvir alguns palavrões (disse-lhes quais eram) e que isso se devia à forma como o espectáculo estava comprometido em tornar mais convincentes e humanos os seus personagens. Ontem fomos ver. Estiveram atentos, compenetrados. E no final disseram que tinham gostado bastante. Hoje era a festa de natal para os filhos dos trabalhadores. Levei-o ao Zorro, um musical. Deixei-o lá ficar, gosto do espectáculo mas já o vi algumas vezes. No final fui ter com ele. 
-Então gostaste?
- Gostei, é giro.- fez uma pausa- mas gostei mais do outro de ontem. Este é para os mais pequenos. 
E eu a gostar tanto de o ver assim, crescido, a crescer. 

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