sábado, janeiro 04, 2014

Olhos-olhos




Acreditasse eu ainda  no que digo,
diria, até ao fim.

Acreditasse eu nas palavras,
diria,
lutarei até ao fim.

É este o meu silêncio.

Não é de ouro,
nem de prata, nem tem pedras,  preciosas
ou não,
descalças vão as ruas onde me revolto.

E nem é silêncio. É isto,
um ruído,
ruir,
pedaço a mais de verbo,
sempre um quase 
na nossa vida.

Acreditasse eu ainda no que digo,
na força, na magia das palavras,
e diria aquilo que já só encontras
na menina dos meus olhos.







3 comentários:

Anónimo disse...

Gostei da tua poesia. E também de perceber que acreditas...em ti.
Luisa Bernardes

Pecanhoto disse...

Quando as palavras dizem o que as palavras não dizem...

Rui Mota disse...

Visto daqui, parece mais um beco sem saída...