quinta-feira, setembro 11, 2003
"Americanos"/"Anti-americanos"
Joseph S. Nye ["Porque tem a América de se juntar ao mundo"], e José Pacheco Pereira [" A Nova Guerra Total"], escrevem, com perspectivas diferentes sobre o mundo que mudou a 11 de Setembro.
O primeiro, americano, diz: "A América precisa de dar mais atenção ao "soft-power" e à cooperação multilateral. Esta é a verdadeira lição do 11 de Setembro".
Sendo que, para ele, o "soft-power", " tem como origem uma cultura, ideias e políticas atractivas", contrapondo-se ao "hard power", que "nasce de uma capacidade militar e económica de um país". Ainda, na sua opinião " o "hard power" há-de ser sempre vital, mas o soft power" vai ser cada vez mais importante para lidar com as questões transnacionais cuja resolução requer cooperação multilateral."
O segundo, português diz: " Atendendo à sua declaração inicial de solidariedade com a guerra, feita posteriormente ao 11 de Setembro, uma parte das democracias ocidentais deveria actuar de uma outra maneira, mas um sólido traço de antiamericanismo, e o complexo de potências menores (como é o caso da França e da Rússia) , leva-as à tendência de contribuirem para isolar os EUA, na tentativa de os obrigar a partilhar uma política em que se tornam mestres, a do "statu quo". Ora é essa política de "statu quo", de manter o mundo congelado em relações de foraças fictícias, que ruiu como as torres do World Trade Center. Procedendo assim, fragilizam a sua posição e a dos EUA. Isso gera uma série de consequências negativas."
E ainda: " Por razões compreensíveis os EUA são o primeiro e o principal alvo, mas não estão sózinhos e chegar-nos-á à porta. Por isso, eles estão em guerra com eles, ao lado deles".
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