quarta-feira, setembro 10, 2003
Desamor
Voltámos ao trabalho. Na sucessão dos ciclos este estio foi a doer. Não só lá fora do mundo. Também aqui. Em vinte dias de afastamento venho encontrar a grande maioria dos meus companheiros do Teatro Mínimo à procura de casa, apartamento, neste ritual muito próprio do descasamento. E as idades não enganam. A revolta no lar atingiu os vintes, os trintas, os entas.
[O que nos faz voltar ao texto de Eduardo Prado Coelho, o orgasmo vertical, que surgiria assim, neste linguarejar da sogra, incontronável.. Ao contrário de todas aquelas brincadeiras pífías dos "como diz que disse?", " Ó Eduardinho, explique-me lá o que é o orgasmo vertical?" Ó EPC se vc tem vertical eu tenho óbliquo, pá...", como se o essencial deste texto fosse o título sem texto, essencialidade precária, claro, estamos a falar de literatura que não amarelece no papel de jornal mas que aguenta perfeitamente o repente de verão...]
E a lembrar-me um outro texto, de José Fanha, "O Desamor", a segunda face do texto "Amor", era esse o tema da Visita da Cornélia, momento da pré-história do populismo - nem me recordo se a televisão já era a cores, talvez - entre um Gonçalo Lucena, com a Tareca e o hoje Tozé Martinho, o Pitum, coisas que, e aqui os títulos voltam a ter alguma importância como bengalas do rememorejar, só me acodem assim, por elipses, truncagens, a memória, a memória...
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