sexta-feira, novembro 07, 2003

na gran via...

aproveito a pausa da tarde no salao do livro teatral para escrever um texto sem acentos. o que nao quer dizer sem assentos. sobre os maleficios do tabaco pouco ou nada ha a dizer, somente que continuo a resistir a tua falta. fazes-me falta, papel amortalhado, fazes-me mais falta aqui do que ai. mas continuo em branco e o meu respirar agradece e retribui. a isabel medina e o francisco parreira ja quase nao conseguem aturar-me a neurose do fumador a desmamar-se, a esvair-se no proprio desmame, e eu penso mais uma vez nesta ideia de que eu nao deixo de, eu começo a... alias a proposito de santidade, a melhor historia nao e a minha, sim a do abel. estava ele um dia numa mesa como uma senhora de uma idade bastante avultada que fumava o seu cigarro, e ele diz-lhe: - Sabe. tambem fumava. deixei de o fazer... E ela derretendo-se em grossas fumaças. Começa a beber o cafe: - Tambem bebia cafe...deixei-me disso... A outra sem se preocupar, fumando e bebendo o seu cafe. Ele insistiu nos feitos da sua herocidade. santidade. -Tambem deixei de comer carne. E nao bebo. Raramente. - E sente-se bem? -Sim. Tenho aquelas lombalgias... -Sim? - Nas costas? - A meio das costas? - A meio das costas? Sim. A meio das costas. -Sao as asas a nascer..."

Sem comentários: