segunda-feira, março 15, 2004

Falando da Al-Qaeda

Nada melhor do que ouvir as palavras de Olivier Roy, hoje, no Público: " A Al-Qaeda não existe senão na medida em que comete atentados .../... É uma organização terrorista por defenição.../... O problema da Al-Qaeda é não ter legitimidade médio-oriental (Palestina e Iraque), ser periférica em relação ao mundo mulçulmano, tentando regularmente atrelar as suas composições aos conflitos do médio-oriente à procura de legitimação. Madrid já permite associar o Iraque e a Espanha. A Al-Qaeda representa a globalização do Islão mas de modo nenhum os conflitos do Médio Oriente (MO) ." Depois de negar uma relação directa entre a resolução do problema israelo-palestiniano e o fim deste tipo de terrorismo, diz ainda Oliver Roy : "desde o momento que tem pouco a ver com o MO, qualquer aventura militar -que vise controlar um teritório ou destruir um exercíto - é um absurdo.../... Não podemos portanto combater a Al-Qaeda senão através dea polícia, dos serviços de informação e da justiça. No plano político é preciso fazer tudo para que esta rede - que não tem ramo politico, nem reservas na sociedade, nem simpatizantes, nem intelectuais, nem jornais, nem sindicatos - não venha a ter bases sociais. É um grupo activista que é preciso isolar. E há uma única resposta para isso: a integração do islão e dos muçulmanos.../... Há uma procura da democracia em toda a região, e até no Paquistão. Mas esta democriacia não pode existir senão enraizando-se no nacionalismo. Ora toda a política de Bush consiste em impôr a democracia contra o nacionalismo e, assim, isso não vai acontecer."

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