terça-feira, maio 25, 2004
Fumo branco nos Prémios SPA / Novo Grupo
Finalmente fumo branco nos prémios SPA cuja edição do ano passado tinha ficado congelada à espera de melhores dias na Av. Duque de Loulé. O júri constituido por João Lourenço, Urbano Tavares Rodrigues, Carlos Porto e Virgilio Castelo, Vera San Payo Lemos e Francisco Pestana (ele também dramaturgo premiado) votou na peça "Homem Branco, Homem Negro", de Jaime Rocha. A peça, segundo o autor, "é sobre os tempos modernos com dois temas muito antigos - racismo e amizade". É de referir que este é o mais importante prémio nacional e que, para além do seu valor pecuniário, é um dos poucos prémios que se tem preocupado em defender a representação e edição da obra ao que agora junta também a tradução para cinco linguas do texto premiado.
Parabéns por isso para o Jaime Rocha, um dos autores que nos últimos quatro anos tem estado mais regularmente nos palcos portugueses. De lembrar por exemplo Casa de Pássaros (Avilez/T.Exp. Cascais), Jogo da Salamandra (Celso Cleto/Comuna), Transviriato (José Rui/Acert) e Homens como Tu (Miguel Moreira/Útero). Espera-se também, através das experiências recentes dos Ateliers de Tradução, que consiga iniciar o seu caminho na internacionalização da nossa dramaturgia. Não é só no pontapé na bola que temos de torcer pelos nossos. É claro que como concorrente ao prémio gostava de o ter ganho, mas assim a minha desilusão é aligeirada. Para a próxima, o jantar corre por tua conta, Jaime...
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