quinta-feira, agosto 05, 2004

Dois On-line

Tu que aí estás aí, revelado por esta nova funcionalidade bloggiana. Não te vejo. Não te sei macho ou fêmea. Não sei por isso que tipo de relação possa estabelecer contigo. E isso parece-me importante. De repente apaga-se tudo há minha volta, o contador, os textos, as ligações. Ficamos só nós dois, nesta materialidade invisível, impossível, mas tão quente, tão quente. Respiras o mesmo ar. Aplica-se aqui a máxima da incompatibilidade. Vou tão longe no desejo de te conhecer que te faço desaparecer na vontade que tenho de te saber. Como filigrana arduamente trabalhada, impôe-se o desafio da menor compatibilidade que fundou este blogue. Apenas respiramos o mesmo ar amigo, amiga, amante, e, tal como diz a Sofia, inesperadamente e para felicidade de ambos, esqueço-me de ti.

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