Peter Pan.
Fazes-me falta, Peter Pan. Faço-me valente, mas fazes-me muita falta. Quando tu nasceste, dia a dia o cordão que da tua mãe se soltou a mim se foi atando num nó cego que me tem levado a um céu como eu posso viver. Apenas núvens, ar, vento. Aquele estilhaçar longínquo dos pássaros de quando as cidades se empilham em desertos. E agora que não te vou ter durante mais do que o tempo que penso ser humanamente suportável estar longe de ti, repenso-te em mim, retomando-te. Matando-te também, o bastante apenas para que quando voltes nunca a minha sede de ti se atravesse diante da tua natureza de crescer.
Será sempre assim.
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