segunda-feira, agosto 16, 2004

O primeiro dia

Regresso. Confiro os rostos. O meu próprio rosto. Regressámos hoje os bastantes para que a ansiedade do regresso se dilua pelas paredes do teatro. Picasso, a próxima produção começa a preencher o espaço. Que se diga, que se escreva, que se repita, que se marque no profundo da alma de gentio, no escuro da linguagem: " Nunca, seja que dia ou noite for, o teatro é a o último dos lugares a abandonar. Quando o fizeres, mais cedo ou mais trade, irás descobrir que foi a ti próprio que votaste ao abandono". De resto, o rame-rame próprio dos lugares quotidianos. Não se devia começar no primeiro, mas pelo segundo dia de trabalho. A cidade está branca, mantêm-se a sensação que tive ao vê-la espelhar-se ontem, na tua face napolitana. Tudo bem. Em Agosto ninguém morre de desgosto.

Sem comentários: