terça-feira, agosto 17, 2004

Paisagem sem Título

Ou conversa em torno do Amor, da Treta, diriamos nós. O que mais me impressiona no amor, e bem vistas as coisas, passado o tempo dos namoros, das amizades coloridas e das paixôes por um dia (ou melhor, por uma noite, havia até aquela ideia de que sobreviverias na minha vida se aí por volta das sete da manhã te olhasse nos olhos, no rimmel cansado de lutar, e não sentisse um desejo irrepremível de me fundir em êter), vou no segundo desenlace, é que a sua inexistência tenha uma presença tão forte e tão marcante na minha vida. Ou, seria talvez mais decente dizê-lo, naquilo que até agora tenho feito dela. Tinha pensado em ir um pouco mais ao fundo do assunto mas vou suster o trote e o passo. Não gosto, quem sabe e me conhece comprende, não me apreciam as conversas pela metade, mas a liberdade dos blogs pára aqui, diante de ti. Por enquanto. Não sei falar senão da minha vida. E quando se trata do amor, ou do desamor, ou simplesmente da sua ausência, as nossas vidas são mais nossas do que minhas, tuas, deles. Haja alguma intimidade portanto. Até porque no amor, ou na treta é quase tudo tão recente em algum de nós.

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