quinta-feira, setembro 02, 2004

Cartas ao Director

Lá vou ter de escrever uma carta ao inenarrável José Manuel Fernandes, sobre as declarações do Paulo e Cunha e Silva. É que há gente que lê o Público ao almoço, num balcão, num autocarro, na voiture, e que por isso pode não ter a presença de espirito para perceber a asneira de alguém que fala em nome do Instituto das Artes. Talvez o José Mora Ramos e a Cristina Bizarro que recentemente estiveram no Brasil possam explicar-lhe os mecanismos da tradução automática, talvez Tiago Torres da Silva com a sua experiência de autor no Brasil possa acrescentar-lhe algumas pistas sobre o que se pode fazer, talvez António Mercado com a sua experiência de encenador e de pedagogo em teatro e em escrita possa aconselhá-lo para que ele perceba que o que ele não pode fazer é demitir-se das suas funções e responsabilidades face à grave caracterização que avança. Se realmente for assim, e pelos vistos no pensamento inexpugnável de PCS é-o, só lhe resta uma solução: trabalhar arduamente para inverter a situação. O que não pode fazer é - para que serve continuar em funções se assim, despudoradamente se demite? - ser ele próprio a retirar o teatro do intercâmbio com um pais com o qual temos laços tão fortes, tão irmãos como o Brasil.

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