quinta-feira, outubro 21, 2004

Desleixo

Deus criou o homem e esqueceu-se de registar a patente. É por isso que qualquer idiota agora julga que pode inventá-lo. Millôr Fernandes, em Olá, Classe Média, do Trigo Limpo, no Cinearte. Às 22h. Vim de lá agora. Conversa boa com o pessoal do grupo no final. Amanhã, pela boca morre o peixe. Continua pelo fim de semana. Tanto para contar destes últimos dias de teatro. O aniversário do Bando. O Trigo Limpo quando desce à cidade.

6 comentários:

JPN disse...

Vou tentar descobrir o que andam a fazer...

JPN disse...

Vanrose, andei à procura mas não encontrei. Não queres dar-me uma pista. A sério. Acabarei por saber claro. Mas muitas vezes já é depois de...obrigado.

JPN disse...

já fui ver. e achei piada ao teu primeiro comentário. com que então um espectáculo do Bando ou do Trigo Limpo é, à partida, caminho mais seguro e menos prenhe de riscos do que um espectáculo do Nuno Artur ou do Luis Filipe Borges? Do que um espectáculo das Produções Fictícias? Rs, rs. Em que planeta andas, meu caro? Mas atenção: irei ver, irei ver claro. Sou atento e prazenteiroso espectador das incursões do Nuno Artur (e do Luís Miguel Viterbo) no Teatro há mais de vinte anos e comecei a ser, desde que o conheci na Guilhas, curioso e interessado mirone do trabalho do Luis Filipe Borges. Além do mais foi um prazer descobrir o blog das urgências. abç

JPN disse...

não resistas, até porque depois do voto de casto silêncio, é uma oportunidade poder escrever no meu próprio blogue. antes do mais, desculpa essa troca de género. não tenho aqui espaço para discutir questões como actividades empresariais/ financiadas, já que pressuponho que nessa conversa nem sempre estarei em acordo ou em desacordo contigo. Repara, eu só respondi a uma provocação ao dizeres-me que tenho de arriscar mais só porque falei no Bando e no Trigo Limpo. Ora não me parece que à partida, e repara, à partida, um espectáculo do Bando e do Trigo Limpo comporte menos riscos (mais uma vez a tua atenção, menos riscos) que um espectáculo do Nuno Artur ou do Luis Filipe Borges. Que não digo que não comporte riscos. Quanto ao funcionamento do Bando não deixa de ser a propósito: ainda ontem lanchei com duas actrizes, com vinte anos a separá-las, a mais nova tinha passado pelo Bando à algum tempo e como muita gente abnominava o funcionamento grupal do Bando. Mas reconhecia que era dificilimo a uma actriz trabalhar neste grupo e depois mergulhar no quotidiano de um outro processo de trabalho, de um outro grupo. Pela excelência do trabalho com o primeiro. Era ela que o dizia. Com a mesma voz que dizia uma coisa, proferia a outra. Não sou, nunca fui embasbacado perante o Bando. Mas também me parece significativo quando lhes contava que tinha sido bom ouvir George Banu a colocar no mesmo plano criadores como Brook, Brites e Arianne Moushkine, e ouvir a mais velha responder que a própria Arianne Moushkine lhe tinha dito a ela " o Brites é melhor do que nós todos". Chama-me retardatário dos anos 70 se quiseres mas são coisas que para mim são ponderáveis. E quanto aos jovens que começam do zero, há nas produções do Bando uma relação entre novos e velhos que torna um pouco dificil de equacionar essa resposta. E atenção: este País pode ser o que é em relação à memória mas o Nuno Artur ( por quem tenho a maior estima pessoal e sei, mutúa) começar do zero em teatro é piada grega. Embora a golpes esparsos, as suas investidas no teatro são, há mais de vinte anos (primeiro na Mandrágora), sinónimo de grande criatividade e qualidade. Resumindo e concluindo proponho-te um acordo final: vamos ao teatro. ao trigo limpo, ao bando, ao Maria Matos.

JPN disse...

sortuda! rs. quanto à nossa conversa, até acho que nos entendemos muito bem. e gosto da ironia. e é claro que com tal promessa de discussão ficaria sempre com vontade de voltar a respirar ruidosamente. mas há tanto a fazer. há um ano que não actualizo o site da escrita teatral. vou voltar a isso. fiquei com a ideia de que tu és pessoa para poderes colaborar...rsrs...olha, dirás tu, lá estou a eu a tentar arranjar motivos de conversa. um abraço

Anónimo disse...

Olá, Classe Média.
Gostei dessa da patente! Tenho de ver se consigo ir ver!!

Abraços;
Ângelo Fernandes