terça-feira, outubro 19, 2004

Elogio do Afecto

Serei o primeiro a baixar a guarda. Sei como se faz. Aprendi-o em tempos com uma fêmea taciturna. Uns segundos antes de mergulhar no abismo, ela desmanchou a pose, os braços e entregou-se. Deixou-se ir. No meu perfume, na minha pele ou na minha fome. É mentira, mas naquele momento parece verdade, juramos que de ora em diante só amaremos fêmeas perdidas na sua taciturnidade. Tal é a força de um requebro que se deixa levar pela correnteza dos sinais.

1 comentário:

Anónimo disse...

Are you talking to me? or to your self?
Ai ...ai....lindo! Virtualmente irresistivel! Poéticamente encantador.
Passado, na verdade. :,(
Ass: Ninguém