terça-feira, dezembro 28, 2004
2004, aqui
Estava a escrever o post anterior e dei-me conta de que o balanço deste estar blogosférico foi atravessado pela tonalidade e pela cor de um sentimento, de um afecto. Se o meu primeiro ano foi o da descoberta de uma racionalidade, eis a explicação do surgimento do Metablogue ( e da sua dificuldade em tornar à superfície dos meus dias aqui), este meu segundo ano foi dominado por uma admiração, por um constituir duma voz inspiradora. Não tenho algum pejo em confessá-lo, já o fiz aliás aqui uma vez, durante este ano que agora termina o jpn, essa personagem de mim que aqui se faz som, constituiu-se num afecto indissolúvel por uma voz do mal, da qual fez musa. Falo na terceira pessoa porque não me esqueço do ressoar público que escrever num blogue também é. E por vezes não é facilmente entendível este jogo entre a ficção e a realidade. Ou, só é claro para quem o joga, quem nele se joga, e só é claro na eclarité que é o tempo de cada um durar no tempo da sua ficção.
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2 comentários:
As nossas personagens, mais ou menos reais, trazem algo cá para fora. Se são lidas, algumas pessoas gostarão. Dessas, algumas aprenderão qualquer coisa, nem que seja apenas como sorrir. Se um blog servir pelo menos para arracar um sorriso ou uma lágrima a alguém neste Universo, vale a pena.
Se com o blog nos sentirmos melhor(sem obcessão) e pudermos alegrar alguém, mesmo com a partilha de alguma tristeza que transmitimos, então ele foi conseguido.
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