quinta-feira, fevereiro 10, 2005
Absolut Live I
para uma discussão não aristotélica sobre a política
Vivemos durante 48 anos numa absoluta tranquilidade política. Quando ela terminou rebentaram cravos onde podería ter brotado sangue, pús, raiva amarela. Foi muito pouco tempo mas mesmo assim houve quem pensasse, tempo demais. Surgiu então um slogan e com ele um outro - o mesmo - país adormecido: uma maioria, um governo, um presidente. Era um slogan arriscado embora estivesse ainda na zona limítofe de uma concepção democrática da nossa vida em sociedade. O governo emana da maioria mas esta e o presidente são escolhidos pelo povo. A república estremecia, mas de fastio. O pior estava para vir. O pior está sempre para vir. O pior foi esta maneira de conceber absolutamente a política. Começou por ser uma tara de boliqueime. Mas rapidamente se instalou como estratégia vencedora. Conquistou até o espaço politico da oposição. Pensar absolutamente a política é pensar a morte da política.
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