O teu pequeno Príncipe

Já ía a chegar ao Martim Moniz quando ouvi um restolhar parecido com aquele broar que nos veio dos tempos em que o povo saía à rua para gritar. Encobertas pelo Centro Comercial da Mouraria, só me chegavam as vozes pelo seu ecoar. Estava intrigado. Talvez algo (mais) tivesse acontecido durante a noite (a propósito, não me posso esquecer de ir ao meu blogue político preferido ver o que se salvou ontem no pequeno écran). Era bem simples. Eram as nossas crianças.São elas que ainda salvam da modorra e do cinzentismo as nossas ruas. Uma manifestação de arlequins, robins dos bosques, cinderelas, peter pans dobrava ali o Hotel Mundial. Não resisto. O meu herói tinha pedido à mãe para ser guerreiro, com uma espada assim pai, que dá para enfiar aqui (na bainha). Telefono para saber como tinha ido. O fato de guerreiro tinha ficado em casa. Iriam fazer os fatos e as máscaras no colégio. Vai de Robin dos Bosques, um dos meus heróis preferidos. - E tu não sabes a melhor.- diz-me a mãe do outro lado - Ele quer que "o pai se mascare de príncipe." - De príncipe?- Sim, foi o que ele disse. Perguntei-lhe porquê. Respondeu-me que os Príncipes são jovens.