domingo, abril 03, 2005

12 Mulheres Apaixonadas

Estava em Coimbra quando as 12 Mulheres e 1 Cadela estrearam no Teatro da Trindade. Vi várias vezes os ensaios, ou seja, vi crescer o espectáculo. E não é uma metáfora, é a mais pura das realidades, vi um espectáculo a crescer, a desenhar-se no espaço, nas luzes, nos ambientes sonoros, nos corpos. Agora têm um blogue que eu não poderia deixar de linkar. É, como já deixei escrito na caixa dos comentários, um privilégio trabalhar num Teatro onde este espectáculo se realiza. Se houver erro nasce no mesma fonte do cometimento: o lugar da paixão. Ouvimos o texto da Inês Pedrosa e começamos a perceber que aquele texto vem do lado de dentro daqueles corpos, daquelas vozes. E se nalguns momentos se cumpre no excesso, é porque também é excessivo e alegre e festivo este pousar sobre a comédia humana. Algumas das actrizes, como a Ângela e a Lucinda (foi a minha primeira entrevistada para o DN Jovem), conheci-as há mais de vinte anos. Também, à distância, São José Lapa. Pude assistir ao projecto das Apaixonadas, com a Teresa Roby, que entretanto foi embora desta vida. E por isso ver por exemplo a Lucinda, a São José e a Ângela no mesmo palco da Inês Lapa Lopes, da Rita Rodrigues ou da Joana Manaças, conta-me de imediato uma história, a história do teatro no feminino dos últimos vinte anos.

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