terça-feira, abril 26, 2005

Porto de Abrigo

Hoje pela primeira vez vou ver o rio que corre dentro da minha futura janela. Não haverá iluminação nem cerimónia oficial. Já imagino como será: eu a um canto, encostado à parede, a demorar-me no olhar. Depois a ir ao pátio, um dia verei o P. a jogar lá à bola. E novamente eu e o rio. Há quem chame casa, e com toda a justiça, àquele lugar onde o mundo deixa de existir. Eu gostaria de a declinar assim: um lugar de dentro onde existo virado para fora.

2 comentários:

blimunda disse...

e eu cheiiiiinha de inveja....

... disse...

Tus palabras bailan sobre el escenario, sobre las cosas que cuentas. Espero expectante a que se abra el telón cada día para ver a tus frases contar historias a ritmo de danza. La misma sensación que me inunda en la oscuridad del patio de butacas.