domingo, junho 26, 2005

Ir pela sua mão

Nestes dias em que me passeio pelas terras do nunca com ele pela mão lembro-me sempre do poema Ir pela sua Mão do Eduardo que aliás dá o título à sua primeira obra poética. Ir pela sua mão tocou-me muito. Vi nele as histórias que o meu pai me contava das suas idas a Braga, a pé, com o seu pai, João, primeiro João da Fonte, por ser do lugar da Fonte, depois João dos Paus, por trabalhar em madeira esculpindo brinquedos, bengalas e outros objectos de pau. Vi também nele os longos passeios com meu pai na Tapada de Mafra, nos campos saloios da Malveira a Torres procurando fósseis, na Capelinha da Senhora do Ó buscando trevos de quatro folhas. E recordo-me dele sempre que sinto na minha mão os seus pequenos dedos procurando orientação e companhia nos meus.

1 comentário:

Eduardo Graça disse...

vou postar esse poema já que a tua lembrança me tocou tanto. "ir pela sua mão" uma homenagem a meu pai ... no fundo a todos os pais. obrigado.