domingo, junho 19, 2005
Lugares
Lugares do passado desertos, como o jardim da Gulbenkian para o JPN. Esses lugares antigos ficam desertos depois de terem sido cenário de momentos nossos. Hoje dei comigo a pensar que da minha casa avisto um deserto desses. Da janela do meu quarto.
Não se reconhece através das dunas, porque até é uma calçada, um passeio.
Era o sítio de onde assobiavas para te anunciares. Moro no 6º andar.
Estão sempre a passar comboios e ambulâncias.
Mas ouvia-te sempre, em qualquer ponto da casa.
Hoje levei vários sorrisos à janela. Menos que ontem. Não estavas lá. Esse deserto vazio de automóveis estacionados.
Eram passarinhos, um grupo de rapazes com ar satisfeito, de skate debaixo do braço, ou era a minha cabeça a produzir um eco. De quando permanecias, postado no passeio em frente à janela do meu quarto, mais pequeno e frágil do que pareces ao perto.
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1 comentário:
Grande joaquim, como é que podia parecer pequeno, ainda por cima à tua porta. Isso é sítio para um homem se sentir frágil, pequeno nunca.
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