Reservado o Direito de Admissão

Descobri através de um post longo, que há uma blogosfera em que me falta aventurar. A do desacompanhar. A do meu menor denominador comum. Não tenho muitas ilusões àcerca da minha filiação na comunicação: mesmo quando faço um post como o que deu origem ao respirar, que é um violento esboço da vontade de desacompanhar, o que se passa é que dia sobre dia, vou estando menos só. O Respirar faz parte com muito prazer de uma expontânea comunidade de blogues. Até no próprio sitio onde disse uma vez que a única coisa que poderíamos fazer em comum era respirar o mesmo ar. Que se tornou assim um frase aberta à partilha, ao acompanhamento. Não posso viver sem ele. E como me orgulho que a Celta, a Textura e a Intérprete respirem o mesmo ar. Como o já fizeram a M. do Inner Mirror ou Lol V. Stein. E como talvez muito proximamente respirarão o Luís e o Pedro. Eu continuarei a respirar aqui exactamente do mesmo modo, ou seja, espero, melhor. Reservado o Direito de Admissão não tem porteiro à porta. Tal e qual como em o livro que o meu pai começou a escrever sobre a sua vida enquanto seminarista e padre. Chamava-se Linhas Quebradas e tinha uma pequena frase no frontespício: este livro é para ser lido por verdadeiros homens. aqueles que não forem não devem passar daqui. O meu pai tinha percebido, muitos anos antes, estava em 1955, que os livros não se escrevem apenas com a vontade e a mão do autor. Também com quem os lê. Creio que não estarei a enviezar a sua interpretação dizendo que os verdadeiros homens seriam para o meu pai aqueles que não abdicam da sua condição humana para servir Deus. Também em Reservado o Direito de Admissão, a única reserva será a vossa. Dois anos depois de iniciar o Respirar o Mesmo Ar não me daria ao trabalho de abrir um novo blogue para fazer a provocação de dizer que não quero lá ninguém. Ajo sempre no pressuposto de comunicar. Mas aqui estarei um pouco mais desacompanhado. Liberto também desta parafernália da medição de almas virtuais. que o Respirar também já tem.