quinta-feira, outubro 20, 2005
Pandemínia
Olho os céus de Lisboa. Pela eminência da catástrofe anunciada, monto guarita na minha janela tentando perceber de onde virá o autêntico esquadrão da nossa morte que se anuncia. Bandos de aves migratórias. E dou-me conta, com uma tristeza inconsolável, que há muito, há muito tempo que não descubro nos céus essas manchas provocadas pelos bandos de pássaros. Como eu gostava, quando eu era criança de esperar pelas andorinhas que vinham em manadas, em rebanhos, em bandos. Por esse esquecimento apercebo-me de uma outra catástrofe que, como uma pandemínia, sem anúncio nem aviso prévio - ou fomos nós que descurámos os sinais? - entristece a nossa vida.
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