quinta-feira, outubro 27, 2005

Vidas Felizes

Depois das Palavras-Silêncio cuja publicação a D. Quixote já assegurou num tomo único com desenhos de Lagoa Henriques, mais uma iniciativa do Respirar o Mesmo Ar condenada ao sucesso: recrutamos entre os passantes vidas felizes. Por isso se aqui veio não se vá embora sem nos dizer porque é que acha que o devemos considerar um ser excepcionalmente feliz! Escreva na nossa caixa de comentários.

16 comentários:

Elisa disse...

Sou a criatura mais excepcionalmente estúpida que existe à face da terra. Sou a tipa mais bestialmente crédula do mundo. Em suma. Só posso ser excepcionalmente feliz. Não?

Ni disse...

Acreditas em 'Vidas Felizes'? Se a vida for um momento... talvez.
Sorrio, sem graça, porque me lembrei do 'Gente feliz com lágrimas'...

VIDA
(DECIDI SER FELIZ!!!)



**Nin@**

A Vida é uma decisão... de se ser feliz ou não!
De olhar para trás e resgatar quem no que foi ficou... ou...
De abraçar o agora e dançar ao ritmo de cada momento.
Sem culpas, sem limites, sem arrependimento.
E na próxima encruzilhada da caminhada...
Olhar o vivido e não lamentar nada!
Nem os olhares sondados , enfeitiçados, capturados.
Nem os abraços embalados, dançados, apertados, demorados...
Ainda que só inventados!
Nem as palavras ditas , sussurradas, cumplicidades trocadas...
Às vezes apenas em poemas escritas!
Nem as mãos que se tocam, se fundem, se dão, se desejam
Como corpos independentes...
Que decidiram não ser mais carentes!

A vida é uma escolha...
De a deixar em branco ou colorir a folha!
A minha... vou preenchê-la, desenhá-la...
Com traços ora fortes ora subtis
Com tons quentes, envolventes...
Às vezes camuflar-me nos transparentes...
Porque decidi ser feliz!!!

©Nin@

Aqui, neste momento, estava feliz. Está-se feliz. Não se é!

VIDAS
(Momentum)

**Nin@**

Deixei de contar o tempo...
Perdi as rotas dos caminhos que percorri...
Há muito que calei o lamento...
Só não me conseguia esquecer de ti!
E transporto comigo vidas de espera...
Sou a soma das mulheres que fui,
Que para ti se iluminaram e, por ti, tudo e todos recusaram.
Hoje eu estou aqui...
Não para te dizer que te quero, que te reconheci.
Vim anunciar-te que não vou mais esperar-te!
Há tanta vida para além do espelho...
O novo sucede ao velho!
Tantos mundos...
Tanta gente que me pede a chorar o que eu em silêncio te pedi...
Sei a dor de um não... de ti a recebi...
E a outros eu também a inflingi...
A partir de agora... vou mergulhar noutra emoção.
O teu nome...
Transformei-o em verbo conjugado no passado!
Já o esqueci!
E quando olhares para o lado...
Procurarás desesperado um reflexo da minha sedução.
E em ti fará eco o grito angustiado do 'NÃO'
Que dará o teu coração!
Será tarde... serei ausência...
Quem não reconheceu a eternidade na minha essência
Perdeu a fórmula de ser uno e abençoado...
Foi no 'momentum' em que deixaste de ser o meu amado!

Nin@...^^

Se entretanto, alguém, se considerar feliz... ensine-me o caminho!

Terra disse...

Se bem entendi a pergunta é: "porque é que acha que o devemos considerar [a nós, leitores]um ser excepcionalmente feliz"; à qual respondo com outra pergunta: "quanto é excepcionalmente?"

Lyra disse...

sou demasiado inquieta para ser considerada uma pessoa excepcionalmente feliz. Tenho momentos. Em que se calhar consigo isso. Mas são momentos. Efémeros.

Sarah disse...

num tomo? ;)
parabéns pá!

JoanicaPuff! disse...

A felicidade, para mim, conjuga-se quase sempre no passado.
Tenho dificuldade em reconhecer um momento feliz, no momento em que ele acontece. Não sei porquê, talvez por estar demasiadamente enebriada na felicidade do momento. Ou talvez não.
Sou nostalgicamente feliz a toda a hora e, no entanto, não vivo no, nem do, passado.

Vou vivendo momentos excepcionalmente felizes.
Não acredito na felicidade como um estado alcançavel.

origami disse...

Caro jpn, por favor...
Lamento, mas temo que esta iniciativa não chegue nem a uma edição de bolso.

Anónimo disse...

sou feliz porque acredito em ti quando falas de ti e não no Lagoa Henriques quero la´saber do gajo ,acredito no amôr ,quando partilhado e vivido em coisas tão simples como respirar da tua janela.......omesmoar que tu, e sou extremamente Feliz, não como Mourão Ferreira em Gente feliz com làgrimas".Porque acredites ou não não há gente feliz com lagrimas,`sou finalmente feliz porque sou muito BURRA......

Anónimo disse...

Isso tem dias, meu caro.
Tem dias...

Anónimo disse...

muito de vez em quando fui excepcionalmente feliz. passei a acreditar na felicidade e nunca mais fui completamente infeliz. por isso acho que posso dizer que sou excepcionalmente feliz.

Anónimo disse...

Uma dica para se sentirem felizes:
Vão ver "Bonecas russas"- filme obrigatório!

Pedro disse...

Uma excepção, como as outras, que nunca vale por si...

L.T. disse...

porque parece que não poderia haver nada melhor do que aquele sol lá fora e essa chuva aqui dentro, molhando o travesseiro.
e quando vem alegriazinhas bobas, sem motivo, então o que é isso senão um sinal de felicidade?
e todo o resto, além de risadas, a vontade de ainda se estar viva.
isso, meu caro, só pode ser felicidade, caso contrário, estou mesmo condenada a loucura.

Carla de Elsinore disse...

não faço a menor ideia.

-X- disse...

Feliz? Excepcionalmente Feliz? A felicidade é um estado raro no ser humano, quanto mais a felicidade excepcional. Já fui excepcionalmente feliz mas serviu como constatação de que se tratava da excepção à regra da infelicidade geral que acabam por ser os nossos dias quando os constatamos plenos de nada, seres incompletos em constante construção e desconstrução sem chegar a algo que alvejamos, que nos torne verdadeiramente felizes. Já agora qual é a definição de felicidade? falamos de estado material, corpóreo, ou de alma ou dos dois? é quantificável? soa-me a algo de risível em dimensão.
Não, não me posso considerar excepcionalmente feliz, já fui, já fui por um tempo efémero grandiosamente feliz e por mais curto que tenha sido valeu a pena, senti a alma grande, senti-me completo.

teresamaremar disse...

Não é a felicidade uma colagem de momentos, ao invés de um estado a tempo inteiro? Importa, pois, sabermos colar os instantes, apreciar os pequenos/grandes nadas, saborear...