domingo, novembro 06, 2005
00:18:31 / 00.09:51
Faz-me falta o meu amor. Escrevo o seu nome no céu de Madrid. Ontem era para ir ver Marte. Prometi-lhe, vamos para lá morar. O Planetário de Madrid, ao contrário do que dizia um daqueles periódicos de distribuiçao gratuita, estava fechado. A meio da madrugada vi-me num descampado em Madrid, numa rua cheia de seringas pelo chao. Pensei mal da vida. Nao vi Marte. Nao te tenho a ti. Tudo isso é o que me falta. Um pouco de Terra do Nunca. Aprendo com a distância. Aprendo cada dia uma coisa nova. Aprendo a ser com o bastante, sendo que o bastante nao é o possível. É o bastante. A quantidade de água necessária para mover os rios até à foz. Fazer do corpo, da presença, de estar aqui uma briga. Vis-a-vis.
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