quarta-feira, janeiro 18, 2006
BAIRRO DO CENTRO RECEOU EXPLOSÃO
Noite. Subíamos a rua quando um carro da polícia surgiu de uma das perpendiculares em marcha-a-ré, furioso e urgente. O carro pára e fica estacionado no meio da estrada, bem na confluência de duas ruas. Uns passos depois constatámos o perímetro policial montado. Fitinha amarela de isolar redondezas desenrolava-se à nossa frente por uma agente de mini-saia, compenetrada na missão. Um grupo de rapazes no passeio, gritava preocupado palavras que não se entenderam na direcção de um andar alto, de um dos prédios da dita zona. Olhei a tentar esquadrinhar se alguém intentava uma aprendizagem de vôo de uma altura medonha, mas não vi ninguém. Entretanto, uma rapariga abandona o edifício a correr, carregando sacos de plástico atafulhados. Os rapazes e os polícias que esperavam ansiosos suspiraram de alívio. Apagão no bairro inteiro.
BAIRRO DO CENTRO RECEOU EXPLOSÃO. Fuga de gás. Passei o caminho de casa a pensar o que é que salvaria na urgência. Pensei em livros e fotografias. A minha amiga garantiu que não se esqueceria da mãe. Rimos.
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2 comentários:
Gosto dessas noções de prioridades!!! Eu acho que teria tanto para levar, ou então quase nada; as plenitudes associadas à urgência parecem-me também frutos do estádo momentâneo de espírito.
Sempre vais fazer o tal périplo por Praga? Ontem estive a matar saudades fazendo uma re-visita pelas minhas fotos de Praga e a "caminhar" pelas ruas através do Google Earth (eu sei que não é bem a mesma coisa mas é o que se arranja.
;-)
eu sem jeito ;) a viagem vai correndo bem mas já precisava de assentar arraiais num pedacinho de terra mais familiar. para digerir tudo e depois partir de novo. olha eu, tenho saudades dos cheiros da Lisboa do Respirar. por isso fazes-me inveja também.
Morpheu: pois é, estive em Praga! Não me viste em zoom aumentado, num esforço aumentado de braços para o satélite me captar?
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