sábado, março 25, 2006
Dançarei
É já quando tinha vestido o casaco para ir embora que encontro o meu par para aquela noite na pista de dança. Tal como eu ela não estava nos seus melhores dias, o seu perfume era o menos preferido dos vários que costuma usar, não era especialista em quizombas e sim em sambas, e além do mais nem tinhamos a voz quente do Kalu para nos guiar. Eu também estava longe, triste, noutro lugar que não ali. Mas entre três faixas fui leve, fui eu, serei ritmo, cor, alegria, pensei. No final, como acontece sempre que vale a pena enfrentar a pista, disse-lhe reconhecido, obrigado.
Não é muito, dirão os mais cépticos, os mais ávidos do romancear incontinente. É o bastante. Na pista, o lugar onde, é o bastante.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
adorei as palavras que aqui caem... adorei cada post... parabéns!
Paula
é preciso saber o que é estar ali e ter a última dança na pista, mesmo que não tenha havido mais dança nenhuma.
Enviar um comentário