quinta-feira, março 30, 2006

Movimentos cardíacos

Ou sou eu que estou a ficar muito sensível ou há algo de comovente na polémica que envolve Margarida Rebelo Pinto a João Pedro George. João Pedro George, e Valter Hugo Mãe, aproveitaram-se nitidamente da Margarida para fazerem nome um, e lançarem uma editora outra. Quer dizer, eles dizem que não, e citam um Eça e o outro a Constituição. A Oficina do Livro e Margarida Rebelo Pinto não gostaram. Quer dizer, eles dizem que não gostaram. E citaram os calhamaços de Direito Comercial, de Registo da propriedade e das marcas registadas. Como bem apontou o Luís, ficámos a saber o que já sabíamos, que MPR é uma marca registada. Soubemos também uma outra coisa. Que Margarida Rebelo Pinto cada vez vende menos. Independentemente de quem é a culpa, esta é uma boa notícia para a cultura portuguesa. E todos nós deveríamos pagar o dízimo a João Pedro George se ele tivesse realmente conseguido esse efeito ( e amanhã pedir-lhe-íamos que escrevesse um livro sobre os Gatos, outro sobre a ICAR e a Nossa Senhora de Fátima. Daqui a quatro anos uns mais fiéis, ou crédulos, até lhe encomendavam o opúsculo "Pastéis em Belém. Os segredos políticos de Anibal Cavaco e Silva"). Mas não terá sido isso. O que provavelmente se está a passar é que, como não há história nesta casa portuguesa que não tenha um final feliz, a Oficina do Livro e Margarida Rebelo Pinto estão a tentar desesperadamente recuperar algum ímpeto nas vendas à custa de João Pedro George. O coração, esse é que paga com tanto amor.

2 comentários:

Anónimo disse...

Independentemente de quem foi a ideia devo dizer que foi boa. Ou porque a MRP não vendia e a Oficina do livro teve um vislumbre, ou porque o Objecto Cardíaco se quer impor no mercado e resolveu que seria com o livro do JPJ, enfim. Sempre ouvi dizer que um bom negócio é aquele em que todos ganham. Portanto, cheliques à parte, este é/está sendo um excelente negócio para todos os envolvids.

Anónimo disse...

O João Pedro George só mostrou mesmo ser um dos maiores otários de Portugal. Precisou pôr-se às costas da best-seller Margarida para se conseguir fazer notar. Uma palavra resume essa atitude: frustração!