quinta-feira, março 23, 2006
Tarde, muito tarde
é tardia a hora em que escrevo. há uma coisa por resolver antes do sono. há uma coisa que o sono não resolve. que nenhum sono, nem o mais profundo, resolve. essa coisa é um dilema. esse dilema coisifica-se ardilosamente. sou
a minha armadilha.
lá fora sobre o rio há raios. relâmpagos. cresce uma tempestade fora de mim. a de dentro
perde a vez quando o cansaço
que sinto é um cansaço inexplicável.
apetece-me dizer que quando me criei politica e afectivamente, havia menos tédio. o homem virado para dentro de si, cheio de si, é enfadonho.
é terrivelmente enfadonho.
e não percebo que o problema não é do tempo. nem deste agora nem daquele onde me criei politica e afectivamente. o problema é que, por razões ponderadas ou por motivo algum, deixei de me fazer afectiva e politicamente.
o meu enfado sou eu.
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1 comentário:
Gosto da tua escrita.
(Des)organizei-me.
Um abraço
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