sábado, abril 08, 2006

Amor juvenil

Cheguei tarde à idade dos amores juvenis. Mesmo o meu primeiro amor contou com a cumplicidade sábia de uma fêmea face ao meu despropósito de imberbe tardio. Não soube por isso nunca o que era amar e não ter junto. Mas há pouco, ía na rua, uma rabanada de vento, ou seria o destino?, atirou-me para a cara um papel escrito com uma letra trémula e adolescente. Dizia, um dia, quando eu morrer, voltarei para viver todos os fins de semana que não vivi ao pé de ti.

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