quarta-feira, abril 05, 2006
O feminino na política
Pede o Luís, "o envio de razões que suportem a bondade da medida que instaurou uma quota de paridade para as listas de deputados concorrentes ao Parlamento." E eu que pensei fazer uma data de piadas sobre o assunto , começando por esta curiosidade de um governo aparentemente tão misógino regular a paridade, decidi adiá-las para uma outra altura. Quando o mundo for um pouco mais paritário. Por isso cá vai algumas razões. O arrazoado possível.
Primeiro, precisamos de libertar o masculino desse estereotipo da sua predisposição natural para o chatérrimo, o desinteressante, para a ineficácia e inutilidade dos dias. Libertar o masculino e libertar a política de uma só penada. Depois precisamos de investir na paisagem política portuguesa, e para isso é preciso libertarmos o nosso imaginário do estereótipo de homens cinzentos e das mulheres com que eles sonham. A maior parte das mulheres que estão na política sofrem não só com a pressão dos homens, também com a pressão de que o paradigma feminino da política são as mães deles.
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