quinta-feira, maio 04, 2006
A Saúde e a Doença
Quase todos os anos tenho cerca de três semanas mágicas. Entro numa sala da Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa, sento-me numa cadeira, aceito que me tratem por sotôr, professor, tenho em meu redor cerca de trinta jovens da minha idade, mais coisa menos coisa, e começo um percurso, um percurso breve, em que para além de algum tréfico conceptual, o mais importante que fazemos é debruçarmo-nos sobre a radicalidade do pensar na saúde e na doença. Ontem emocionei-me, estremeci interiormente. Um aluno na conversa final disse, a doença pode ser um tempo extraordinariamente rico e importante. Há catorze anos quando entrei naquela escola e disse isto pela primeira vez os alunos encararam-me como um tonto, a querer competir com o núcleo duro das técnicas. Hoje, catorze anos passados, é um deles que começa a conversa por aí. Claro que me emocionei, que estremeci interiormente.
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