quarta-feira, julho 12, 2006

Inventores da vulgaridade

Há mestres em campo. Transformaram a palavra foder num acessório obrigatório da vaidade, fizeram do suor uma marca de liberdade, convenceram-se de que a língua leva a Roma os mais afoitos, dando-lhes tudo o que nunca conseguiriam se usassem a cabeça (não saberiam como). Não surge neles uma única ideia que não possa ser aplicada na cama. Dividem o mundo entre o mundinho dos homens e o mundinho das mulheres. Educam-se nisso. E fazem-no na certeza de que há originalidade no seu caminho. Só que o que acontece, na verdade, é que esse caminho (tantas vezes feito), não deixa marcas no chão. De tão fracos os pés, não deixam marcas. E a estrada até parece original. Licenciados na arte da banalidade, tiram então um mestrado em vulgaridade.

3 comentários:

Anónimo disse...

Apenas me faltaria acrescentar que enfeitam a banalidade e a vulgaridade com papel e laço de intelectualidade, não percebendo quão ridículo fica o embrulho.

Anónimo disse...

o percurso académico é fascinante. aguardo com ânsia o título da tese de doutoramento ;)

Anónimo disse...

Best regards from NY!
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