segunda-feira, setembro 25, 2006

O humano que faz a nossa humanidade

O que dói não é a mesquinhez que nos assalta. A inveja, o ciúme, o nosso espírito intransitivo. Tudo isso dói mas não é a dor. O que dói verdadeiramente é aquela fina e cortante lucidez que vem nestas alturas malfazejas. Porque de tudo o resto uma alma com tendência moderada para a felicidade consegue desenvencilhar-se. Da lucidez não. Ela vem sempre para ficar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Li isto e lembrei-me de ti. Minto. primeiro lembrei-me de mim: Vi-me. Quando se está só, é por vezes tão urgente dar algo a alguém (rídiculo! como o amor, mas que importa?)
"Se me é negado o amor, por que, então, amanhece;
por que sussurra o vento do sul entre as folhas recém nascidas?
Se me é negado o amor, por que, então,
A noite entristece com nostálgico silêncio as estrelas?" (R. Tagore)

Quis escrever isto no RODA... hoje não me apetece identificar-me (também não adiantaria...)

Obrigada por estares aí. Por escreveres. És-me importante. Um beijo.