segunda-feira, outubro 23, 2006
De outro mundo
Estamos no Circulo de Bellas Artes, no VII Salón del libro teatral. É no segundo piso. Alfonso Sastre é a figura deste ano. O Salón está integrado no Festival de Outono, um importante acontecimento teatral. Na cave uma exposiçao de Cesariny. Navio de espelhos. Faço uma pesquisa rápida nos jornais para verificar se algum falou disto. Da leitura do texto do Luís Mourao. Da presença da Livraria de Teatro do Teatro D. Maria II. Nao. Irrelevâncias. A mim nao me chateia. Aprendi o prazer da irrelevância. O seu privilégio. Sou outro, de outro mundo. Mas a comunidade de onde provenho e para a qual escrevo e me dedico - a espaços, porque vir a este mundo é cada vez mais um exercício algo autofágico - faz parte dele. Mereceria talvez uma linha, no final de um texto qualquer sobre alguma importância nao menos qualquer. Para que alguém, daqueles alguéns que existem sempre, possa fazer algumas perguntas e fazer seguir o jogo. Nao me chateia. Nem sequer já me entristece. A mim nao me apanham no jogo da vitimizaçao. Tenho o privilégio de um outro mundo nas minhas maos de marfim.
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2 comentários:
Pode, claro. Obrigado
Desambientado said...
Gosto do seu blog.
Tenho uma página num Jornal Regional dos Açores, onde publico assuntos temáticos. Esta semana é sobre os amigos que se perdem ao longo da vida.
Gostei especialmente do seu post intitulado "Escrita em Bruto". Será que o posso publicar nessa página?
Cumprimentos:
Félix Rodrigues
(comentário eliminado por azelhice, a que responde o comentário anterior. ufa!
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