segunda-feira, outubro 16, 2006
Os dias de pai
É preciso fazer jogging para aguentar um dia de pai. Não há uma rotina. Passo da liberdade absoluta, do poder fazer o que me dá na real gana em cada centímetro cúbico da minha vida para este tempo dedicado. Todas as horas. A ideia e a prática da responsabilidade. O dar de comer, o tratar, o lavar, o divertir, o querer que ele volte outra vez. Quarenta e oito horas assim. E depois de novo o vazio. Ontem deixei-me ir abaixo. Apaguei a luz, deitei-me na cama dele e fiquei ali a esvaziar-me dele. A encher-me desta miséria que é recomeçar todos os dias, que digo eu, todos os segundos, no mesmo lugar.
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