sábado, novembro 04, 2006
Finados
Ele foi a finados com o seu primogénito. Eu que já não tenho por minha essa tradição, gostei de ver a descrição desse país do musgo verde. De imaginá-lo levando pela mão o seu filho. Uma pessoa é aquilo que os seus são e nestes estão sem dúvida os seus amigos. Tenho um orgulho indesmentível neste lutador inquebrantável. Ainda me recordo de quando tudo era drama e parecia, obstáculo intransponível. Ainda me lembro de quando, a meio da sua leitura, me passou o Estrangeiro de Camus e me disse, estou com medo de enlouquecer depois de o acabar de ler. Não enlouqueceu. Nem eu. Os livros nunca nos enlouquecem. Assim também os anos que passamos ao pé dos homens e mulheres justos que os há. Não há loucura que sobrevenha quando assim, ao pé do madeiro bom, nos conservamos.
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