O Homem-Sofá

Não há como um sofá na arquitectura de uma vida, a nossa. Resisti-lhe um ano e meio. Há uns dias sucumbi no IKEA. Lembrei-me do texto do Carlos Alberto Machado, "Ficava tão naquele canto da sala", confirmei as medidas com as que tinha visto na net, estava decidido.

E desde ontem que a minha atitude mudou. Havia ano e meio que a televisão era um acessório que permanecia dias e dias desligado. Agora escrevo estas linhas ao som de um alarvear que se liga, nas minhas memórias, com os longínquos tempos em que eu via as telenovelas brasileiras. Eis-me chegado a mais um degrau da escala evolutiva. Espero que não seja a última.

Prometo a mim mesmo melhor sorte.